
fomos pelas escarpas do morro do corcovado
acomodados dentro do trem vermelho
gemendo os poemas que as cascatas ocultas emanavam
pelas bocas beiçudas dos macacos pregos;
e chovia chuva mesmo, e ventava vento mesmo,
roça branca, rocío rosê, tábuas de sol,
pancadas de palavras perdidas e encontradas
nas rodas do veículo, nos cascos de nossos pés,
nas palhetas partidas da caminhada rumo ao cume,
ao colo do totem, da estátua, do avatar de ninguém:
apenas para gemer poemas subimos aquela montanha famosa,
naquele fim de tarde cor de batata frita com bife
( edu planchêz )
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